terça-feira, 12 de março de 2013

Fugaz

10/09/2010

Vou fugir.
covarde é o partir
mas escolha não tenho!

O que vem de ti me prende
como jamais algo fizera
e embora prender-se eu quisera,
de aprender minh'alma não cansa:

Meu coração é meio criança
Que com doce logo se agrada...

Preciso de amores impossíveis, inspirações torpes e noites bêbadas.

Não de aconchego e carinho.
Preciso da falta de ninho
preciso ser só e triste
pois poesia alegre não existe
(ao menos não boa poesia!)

Ao turbilhão se forja o poeta!
Nasce da inquietude secreta,
da ausência de calma,
e da beleza dileta
da tristeza profunda...

Saibas: Uma alma ingrata, é poesia inata!