Ao saber que morreria,
escrevera à razão de suas alegrias,
que atendia por Dulce Maria,
o experiente Marinheiro...
...
Em cada porto que ancoro,
Em toda boca que beijo,
teus lábios é o que devoro,
pois tudo o que mais ensejo,
é um muito de teu sabor,
e um mundo de teu furor!
Nem um pouco, nem um naco,
serei louco, se for parco,
o quanto disso de ti eu tiver...
Venha isso como vier,
que seja intenso e verdadeiro,
aos borbotões, mas muito mesmo,
tão forte, tão por inteiro,
que leve a vagar a esmo,
o mais vivido dos marinheiros!
Tal qual nau a deriva,
na imensidão do mar perdida,
esse sentir que então não priva,
nem teme qualquer ferida,
tal sentir, que não se esquiva...
Peito aberto, rumo o desconhecido,
Busco o sentir que traz à vida,
aquele sentir mais desmedido,
daquele querer, tão sem medida!
Já não sou eu tão mais forte,
me tire da escuridão inerte,
dê-me portanto um norte,
pois sei a data que vem a Dama...
...Aquela que não aceita flerte..."
escrevera à razão de suas alegrias,
que atendia por Dulce Maria,
o experiente Marinheiro...
...
"À Querida de meus versos, minha Dulce Maria:
Em cada porto que ancoro,
Em toda boca que beijo,
teus lábios é o que devoro,
pois tudo o que mais ensejo,
é um muito de teu sabor,
e um mundo de teu furor!
Nem um pouco, nem um naco,
serei louco, se for parco,
o quanto disso de ti eu tiver...
Venha isso como vier,
que seja intenso e verdadeiro,
aos borbotões, mas muito mesmo,
tão forte, tão por inteiro,
que leve a vagar a esmo,
o mais vivido dos marinheiros!
Tal qual nau a deriva,
na imensidão do mar perdida,
esse sentir que então não priva,
nem teme qualquer ferida,
tal sentir, que não se esquiva...
Peito aberto, rumo o desconhecido,
Busco o sentir que traz à vida,
aquele sentir mais desmedido,
daquele querer, tão sem medida!
Já não sou eu tão mais forte,
me tire da escuridão inerte,
dê-me portanto um norte,
pois sei a data que vem a Dama...
...Aquela que não aceita flerte..."
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