braços e remos
prumam...
estrela polar
horizonte escuro
destino incerto...
vento favor
proa no mar
remar sem cansar
rumar, rumar...
estalam, gemem
popa, proa e leme...
vela içada
seguir estrela
o Norte à frente
memória ingrata
saúda a dama
que em terra firme
aguarda a volta...
que volta?
Corpo indolente
traz para a luz
o vento que corta...
corta na carne
sem piedade
frio e infame
vento saudade!
o fim do mundo
nos aguarda
hordas sem fim
de bravos sem nome
em lanças-escudos...
e o fim de tudo
ao alcance das mãos,
num grito mudo...
Liberdade por fim!
um remar sem temer
num sangrar de saudades
da dama que abriga
o rebento que cresce...
segunda-feira, 31 de janeiro de 2011
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