quis ouvir o silêncio
mas essa noite não pára
não tarda barulho ou outro
em visitar minha sacada...
verdes folhas das palmeiras
vestidas de cinza escuro
estalam ao gosto do vento frio
que açoita minha janela.
quis ouvir quem deixou a noite
para sempre morrer nos passos
de um passante desavisado...
noite fajuta essa!
nem pereceu noite:
o horizonte sequer foi negro
e o céu não mostrou estrelas
só cinza-chumbo-sem-graça
por trás das árvores-casas-latidos
e eu a li e batizei:
o dia em que a noite perdeu
o silêncio
o viço
e o breu...
e o encanto.
domingo, 13 de fevereiro de 2011
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