Mas o que forja o poeta?
Questão primaz esta,
a ser portanto respondida:
Um tanto quanto de desmedida,
paixão não correspondida...
E alguma ausência de sorte,
numa experiência de quase morte...
E uma inquietude doída,
que remédio algum ameniza,
tal qual aberta ferida,
que o tempo não cicatriza:
Sobretudo, desconhecimento:
É decerto questão futura,
para além do firmamento.
Sobra então manter postura,
e abstrair-se do tormento,
inflar alguma vela,
e deixar-se ir ao vento.
Na vida não há manual,
que dirá então previsão,
distância entre bem e mal,
ou espaço para revisão.
Que venha então o vento,
pois as velas estão infladas.
Questão primaz esta,
a ser portanto respondida:
Um tanto quanto de desmedida,
paixão não correspondida...
E alguma ausência de sorte,
numa experiência de quase morte...
E uma inquietude doída,
que remédio algum ameniza,
tal qual aberta ferida,
que o tempo não cicatriza:
Sobretudo, desconhecimento:
É decerto questão futura,
para além do firmamento.
Sobra então manter postura,
e abstrair-se do tormento,
inflar alguma vela,
e deixar-se ir ao vento.
Na vida não há manual,
que dirá então previsão,
distância entre bem e mal,
ou espaço para revisão.
Que venha então o vento,
pois as velas estão infladas.
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