quinta-feira, 12 de agosto de 2010

À alma morta

O apreço que guardo
por silêncio e reserva,
preserva o que é nato,
e amplia o que enerva...

A cada percalço no verso,
perverso se sente o poeta:
Não poder escrever o universo,
da tristeza da alma discreta...

Maldita ideia funesta,
evitar a honesta empresa,
de deixar sair o que sente...

Ao mundo então, tão somente,
dado que ninguém se importa,
as migalhas da mente doente,
do poeta da alma morta...

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