terça-feira, 27 de abril de 2010

Maria, recebi teu aceite!

Enviastes teu aceite,
porquanto estou feliz,
conquanto não rejeites,
novo escrito que te fiz...

Não vejo em tal escrito,
algo heroico ou meritoso,
penso ser ele constrito,
frente a seu dever honroso:

Entoar a quem difama,
teu versar muito jeitoso,
cantar de quem desama,
tal ato, tão desditoso!

Entro agora, no refrão,
sonoro, e a eles, sobre Verdade:
Imploro, pois então:
Dispam-se de Vaidade!

Despojem-se agora,
sem demora ou desgosto,
do receio de viver!

Posto que tal receio,
de enganar-se é meio,
da falsidade é recreio,
e do bom versar é alheio!

Digo termos, livres disto...
Meio poeta!

Para receita de uma Maria,
algo mui mais completo,
cogita-se um quinhão,
de algo bem seleto:

Chama-se Sentimento,
(uns conhecem por tormento...)
De longe, neste momento,
meu ingrediente predileto!