terça-feira, 12 de outubro de 2010

Solto

Finalmente,
nossos...

Sou meu,
tu és tua,
fostes minha,
e eu, fui teu...

Num quarto,
de pousada,
testemunhou,
o mar...

Vigiava-nos!
ao longe,
o que marulho,
ensurdeceu,
e ondas,
acobertaram...

Marulho,
salgado,
adentrando,
a janela...

a brisa,
gélida,
e fria,
como noite,
qualquer,
de inverno,
da sacada...

e ali,
inerte,
presa,
por mim...

meus braços,
correntes,
ancoram,
meu ser,
em ti...

porto,
inseguro,
porto,
futuro
algum,
reserva
o amanhã...

só partir...

e presente,
na lembrança,
sempre,
na imensidão,
do marulho,
que ecoa,
em mim...

você...