Calo teus lábios
beijo tua prece
e tomo teu sono
Torno teu sonho
mundo meu
por agora
De terras minhas
as ancas tuas
e cada desejo teu
Sou mão que semeia
o solo fértil
chuva que fustiga
os campos e a relva
e também vento morno
que poliniza tuas videiras
Meu mundo é tu
e teu fruto-ventre
alimenta eu Ímpeto:
Perpetuo-me.
Tua boca emutece o suspiro
tudo mudo no fim de tudo
nem mais mundo
nem mais prece:
Apocalip-se.
sexta-feira, 10 de junho de 2011
A. E.
Desta feita a vi
dobrar a esquina
de um sonho meu.
Tudo era cinza
e tardio inverno.
Garoa e pele
lembravam:
eu vagava por lá.
De um tudo havia:
Pessoas medrosas
fugindo da chuva
e faróis acesos
apontando onde
a pressa alheia mandava.
E lá eu andava:
Sorrateiro seguia
tuas rotas pelas poças...
E eu lá estava:
Entre passos e moças
barulho e tumulto
febre de pressa
e delírio de horas:
Neurose coletiva dentro de mim.
E de cada si
natureza morta
compunha o cenário:
Imaginário...
E a chuva teimou
em lembrar que eu sentia:
Fria...
[...]
E se meu sonho sou eu
e teu sorrir salvação?
É certo saber o que amo
se mal sei que sou?
[...]
Onde quer que vague
levo comigo anseios de ti:
Colorir de meus sonhos.
dobrar a esquina
de um sonho meu.
Tudo era cinza
e tardio inverno.
Garoa e pele
lembravam:
eu vagava por lá.
De um tudo havia:
Pessoas medrosas
fugindo da chuva
e faróis acesos
apontando onde
a pressa alheia mandava.
E lá eu andava:
Sorrateiro seguia
tuas rotas pelas poças...
E eu lá estava:
Entre passos e moças
barulho e tumulto
febre de pressa
e delírio de horas:
Neurose coletiva dentro de mim.
E de cada si
natureza morta
compunha o cenário:
Imaginário...
E a chuva teimou
em lembrar que eu sentia:
Fria...
[...]
E se meu sonho sou eu
e teu sorrir salvação?
É certo saber o que amo
se mal sei que sou?
[...]
Onde quer que vague
levo comigo anseios de ti:
Colorir de meus sonhos.
Produto
Que sou eu
senão fim
de meus meios?
Que é coragem
senão temer
ter receios?
Que é viver
senão privar-se
de anseios?
Que é distar
senão partir errante
ou manter-se distante?
E que é morrer
Senão ao pó voltar,
Triunfante?
senão fim
de meus meios?
Que é coragem
senão temer
ter receios?
Que é viver
senão privar-se
de anseios?
Que é distar
senão partir errante
ou manter-se distante?
E que é morrer
Senão ao pó voltar,
Triunfante?
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