sexta-feira, 10 de junho de 2011

A. E.

Desta feita a vi
dobrar a esquina
de um sonho meu.

Tudo era cinza
e tardio inverno.

Garoa e pele
lembravam:
eu vagava por lá.

De um tudo havia:
Pessoas medrosas
fugindo da chuva
e faróis acesos
apontando onde
a pressa alheia mandava.

E lá eu andava:
Sorrateiro seguia
tuas rotas pelas poças...

E eu lá estava:
Entre passos e moças
barulho e tumulto
febre de pressa
e delírio de horas:
Neurose coletiva dentro de mim.

E de cada si
natureza morta
compunha o cenário:
Imaginário...

E a chuva teimou
em lembrar que eu sentia:
Fria...

[...]

E se meu sonho sou eu
e teu sorrir salvação?
É certo saber o que amo
se mal sei que sou?

[...]

Onde quer que vague
levo comigo anseios de ti:
Colorir de meus sonhos.

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