segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

O Viking

braços e remos
prumam...

estrela polar
horizonte escuro
destino incerto...

vento favor
proa no mar
remar sem cansar
rumar, rumar...

estalam, gemem
popa, proa e leme...

vela içada
seguir estrela
o Norte à frente

memória ingrata
saúda a dama
que em terra firme
aguarda a volta...

que volta?

Corpo indolente
traz para a luz
o vento que corta...

corta na carne
sem piedade
frio e infame
vento saudade!

o fim do mundo
nos aguarda
hordas sem fim
de bravos sem nome
em lanças-escudos...

e o fim de tudo
ao alcance das mãos,
num grito mudo...

Liberdade por fim!

um remar sem temer
num sangrar de saudades
da dama que abriga
o rebento que cresce...