sexta-feira, 9 de abril de 2010

Os Anões

Cavalgam cogumelos,
muitos e muitos anões,
de belos coloridos,
altivos e sabidos,
incontáveis anões...
...aos borbotões...

Uns contam seus oiros,
outros loiros, lorotas,
os azuis descascam bergamotas,
e os amarelos entoam cantigas,
das de roda, das mais antigas,
sobre proezas, odisséias e destrezas,
sobre Dalilas, Nicéias e tristezas...
...e Ninfas...

Os anões não findam,
cada qual com suas mentiras,
suas iras e auguras,
desventuras e desmedidas,
bravuras de alguma estória,
fruto de certa loucura,
ou de um lapso de memória.

Os anões tem grande apreço,
pelas coisas mais mundanas...
é sabido seu endereço:
Basta virar alguma esquina,
de uma fértil mente humana...

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