terça-feira, 18 de agosto de 2015

Universo

Somos poema qualquer que o agora diz,
nas cordas vocais do tempo.
Destino ou razão de um deus qualquer
para explodir-se,
razão qualquer que se afasta do centro,
e expande.

Somos parte de um todo que não entendemos,
somos parte de um todo grande demais
para que o entendamos,
e somos filhos da terra que um dia foi cosmo,
e somos o ócio do caos que se estrutura,
por ser energia veloz que desrespeita ao ócio.

Somos filhos da água que um cometa trouxe,
e luz que perde a viagem e aceita um corpo,
pois só assim é livre de ter com o meio.

E temos na chuva e na pele,
e na beleza verde das marés,
e no toque de seda dos ventos de primavera,
razão divina do deus qualquer que somos,
de sermos plenos, gratos, e felizes:
Somos parte viva do poema que o agora diz,

nas linhas curvas do tempo.

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