Sou estar.
Um estar
constante e perecível,
e um tanto
sensível à lua cheia,
sou coração
e alma e processo,
e pele e
carne e sangue e veia,
que pelo
tempo trilha:
Sou essa
ilha, sou essa aldeia,
em meio ao
instante gasto,
e não sou
puro e nem sou casto,
nem alheio
ao pasto e ao ar,
por ser vida
e biologia,
levo essa
Vontade de arrasto,
bastarda
filha do respirar,
se
expandindo pelo lastro,
desse escuro
e vasto Universo:
Sou de Deus
o Verbo e o Verso,
divino réu
confesso vagando errante,
uma
ilha-aldeia em meio ao instante,
que nem sabe
porque existe.
Mas sou
feito de amor e éter,
que por ter
sido e ser, insiste,
em viver por
respirar,
e respirar
por aprender.
Sou crença
que perpetua no tempo,
por insistir
e crer que há razão de perpetuar-se,
nada mais,
nada menos:
D'Eus.
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